Muitos "te amo" foram ditos através da história da humanidade. Bilhões talvez.
Casais apaixonados, amantes, amores... Alguns vingaram, outros terminaram, mas o "te amo" passou por eles todos. Dizemos tanta coisa com apenas essas duas palavras. Elas podem significar tudo para algumas pessoas. Pode dar sentido a vidas. Pode ser uma futilidade ou até mesmo nem existir na opinião de outros. Uma frase curta e poderosa. Todos querem ouví-la, mas, afinal, o que estamos dizendo quando proferimos essas duas palavras mágicas?
"Te amo" diz respeito apenas a um sentimento: o amor. Este, como definido por Freud, é o que nos faz querer ficar próximo de alguém (ou de alguma coisa). A pessoa amada é como o calor que nos aquece em uma noite gelada. Sentimos que precisamos dela. O amor é o que nos direciona à união. Esta é a sua função. No entanto, essa é a parte mais fácil de um relacionamento: “ficar juntos”. Nos primórdios da nossa evolução enquanto espécie esta era a única coisa importante: "ficar" e reproduzir. Simples. Disto o amor sempre se encarregou...
Porém, permanecer juntos é complicado. E, ao contrário do que muitos pensam, amar não garante uma série de outras coisas importantes como respeito, cumplicidade e lealdade. Desejar ardentemente ficar com alguém não garante de forma alguma que a relação com essa pessoa dará certo com o passar do tempo. E, mais uma vez ao contrário do que se pensa, o amor não é o mais importante em uma relação. Querer ficar próximo de uma pessoa, querer o bem dessa pessoa, não é nada se não há um profundo respeito por este alguém. Poderia citar inúmeras atrocidades que se pode cometer por amor quando o respeito falha. E não adianta dizer que não existe amor sem respeito, pois, como disse, são duas coisas diferentes e uma não garante a outra. Talvez a grande ingenuidade de muitos em seus relacionamentos seja justamente esta: pensar que amor e respeito andam sempre juntos, e que para isso não é necessário que se faça esforço algum. Este é um engano que custa caro no final.
Respeito é um conceito um tanto esquecido atualmente. Pouca gente trata de fazer desse conceito um costume. Escuto muito falar da importância da liberdade, do amor, da justiça. E o respeito fica lá, tímido no seu canto. Ele não é muito popular. "Onde está o amor?" é uma pergunta que todos gostariam de ver respondida. Eu responderia: está em todo lugar. O que não se percebeu ainda é que não é o amor que está faltando. Tanto o sucesso dos relacionamentos afetivos quando o agradável convívio social dependem grandemente do respeito. Um engano profundamente lastimável é a crença comum de que a frustração e a irritação do dia-a-dia justificam sua falta. Ser xingado no trânsito por alguma "barbeiragem" não faz nenhum mal verdadeiro a ninguém, porém ser xingado com palavras grosseiras, por exemplo, pela pessoa que amamos não se justifica por nada. Todo problema em um relacionamento pode ser resolvido de forma pacífica, desde que exista a disposição de ambas as partes em ceder um pouco. Respeito também é isso: a disposição para ceder um pouco. A filosofia "Eu quero tudo e quero agora!" da nossa sociedade tem nos deixado bastante egoístas em nossos relacionamentos. Queremos que o outro nos de tudo de si, mas não estamos tão dispostos a fazer o mesmo. Queremos receber, trocar é mais difícil. No entanto, respeito não se dá nem se recebe: se troca. Eu te dou o meu enquanto você me dá o seu. E é assim que os relacionamentos costumam dar certo e perdurar: ENQUANTO houver essa troca.
O amor é obviamente muito importante. É ele que cria os laços afetivos entre as pessoas, porém talvez ele seja superestimado. Ele não é tudo em um relacionamento, seja este qual for: entre pais e filhos; entre irmãos; entre amigos ou entre casais. Se o amor é a semente de uma união, o respeito é a terra em que ela crescerá forte. Quando o respeito seca, o amor morre. O que resta é uma união pobre mantida por inércia ou conveniência. Quando fizermos declarações do tipo "te amo e sempre te amarei" é melhor pensarmos como anda a qualidade da terra em que cultivamos nosso amor. Respeito é tudo!
Casais apaixonados, amantes, amores... Alguns vingaram, outros terminaram, mas o "te amo" passou por eles todos. Dizemos tanta coisa com apenas essas duas palavras. Elas podem significar tudo para algumas pessoas. Pode dar sentido a vidas. Pode ser uma futilidade ou até mesmo nem existir na opinião de outros. Uma frase curta e poderosa. Todos querem ouví-la, mas, afinal, o que estamos dizendo quando proferimos essas duas palavras mágicas?
"Te amo" diz respeito apenas a um sentimento: o amor. Este, como definido por Freud, é o que nos faz querer ficar próximo de alguém (ou de alguma coisa). A pessoa amada é como o calor que nos aquece em uma noite gelada. Sentimos que precisamos dela. O amor é o que nos direciona à união. Esta é a sua função. No entanto, essa é a parte mais fácil de um relacionamento: “ficar juntos”. Nos primórdios da nossa evolução enquanto espécie esta era a única coisa importante: "ficar" e reproduzir. Simples. Disto o amor sempre se encarregou...
Porém, permanecer juntos é complicado. E, ao contrário do que muitos pensam, amar não garante uma série de outras coisas importantes como respeito, cumplicidade e lealdade. Desejar ardentemente ficar com alguém não garante de forma alguma que a relação com essa pessoa dará certo com o passar do tempo. E, mais uma vez ao contrário do que se pensa, o amor não é o mais importante em uma relação. Querer ficar próximo de uma pessoa, querer o bem dessa pessoa, não é nada se não há um profundo respeito por este alguém. Poderia citar inúmeras atrocidades que se pode cometer por amor quando o respeito falha. E não adianta dizer que não existe amor sem respeito, pois, como disse, são duas coisas diferentes e uma não garante a outra. Talvez a grande ingenuidade de muitos em seus relacionamentos seja justamente esta: pensar que amor e respeito andam sempre juntos, e que para isso não é necessário que se faça esforço algum. Este é um engano que custa caro no final.
Respeito é um conceito um tanto esquecido atualmente. Pouca gente trata de fazer desse conceito um costume. Escuto muito falar da importância da liberdade, do amor, da justiça. E o respeito fica lá, tímido no seu canto. Ele não é muito popular. "Onde está o amor?" é uma pergunta que todos gostariam de ver respondida. Eu responderia: está em todo lugar. O que não se percebeu ainda é que não é o amor que está faltando. Tanto o sucesso dos relacionamentos afetivos quando o agradável convívio social dependem grandemente do respeito. Um engano profundamente lastimável é a crença comum de que a frustração e a irritação do dia-a-dia justificam sua falta. Ser xingado no trânsito por alguma "barbeiragem" não faz nenhum mal verdadeiro a ninguém, porém ser xingado com palavras grosseiras, por exemplo, pela pessoa que amamos não se justifica por nada. Todo problema em um relacionamento pode ser resolvido de forma pacífica, desde que exista a disposição de ambas as partes em ceder um pouco. Respeito também é isso: a disposição para ceder um pouco. A filosofia "Eu quero tudo e quero agora!" da nossa sociedade tem nos deixado bastante egoístas em nossos relacionamentos. Queremos que o outro nos de tudo de si, mas não estamos tão dispostos a fazer o mesmo. Queremos receber, trocar é mais difícil. No entanto, respeito não se dá nem se recebe: se troca. Eu te dou o meu enquanto você me dá o seu. E é assim que os relacionamentos costumam dar certo e perdurar: ENQUANTO houver essa troca.
O amor é obviamente muito importante. É ele que cria os laços afetivos entre as pessoas, porém talvez ele seja superestimado. Ele não é tudo em um relacionamento, seja este qual for: entre pais e filhos; entre irmãos; entre amigos ou entre casais. Se o amor é a semente de uma união, o respeito é a terra em que ela crescerá forte. Quando o respeito seca, o amor morre. O que resta é uma união pobre mantida por inércia ou conveniência. Quando fizermos declarações do tipo "te amo e sempre te amarei" é melhor pensarmos como anda a qualidade da terra em que cultivamos nosso amor. Respeito é tudo!